Este é um blog dedicado a Cia Sem Máscaras de Teatro, uma das mais conhecidas cias de teatro de Rua e Eventos com atores do Brasil!!!
segunda-feira, 9 de junho de 2008
HISTÓRIA: 1992 - Nasce um Nome
Eram sempre as tardes de sábado. Escondidos dentro das salas emprestadas do Sindicato dos Químicos, que ficava num sobrado enfrente a Sabesp, no centro da cidade, na João Guilhermino, muitos de nós chegávamos cedo, bem antes de outros, um pouco pra remediar nosso tédio urbano, um pouco para apressar-nos ao teatro que ali se fazia. Naquelas paredes ensaiávamos sonhos e lembro-me que faziamos tantos exercícios teatrais, que tudo sempre me renovava. Nós, jovens e inquietos, absorvidos pela musica de Enia, Kitaro e Lorena. As vezes até a policia batia lá, não por que éramos desordeiros, mas porque brigas cênicas espantavam os vizinhos, éramos “careta”, tão caretas que os jovens grupos de teatro de hoje nem devem acreditar se contarmos nossa inocência. Eram tantas novidades, tantas vontades e tantas vezes nos perdemos em discussões teatralizadas sobre a arte em nós!, que esta era nossa embriagues. Lembro que tinha o frescor e a força dos 17 ou quase 18 anos ejá era muito respeitado. Lembro-me do Edson Gory comandando tudo, lembro-me do Wallace Puosso e a Kelcei de Aquino que namoravam, eu acho, e que eram pensadores, estavam sempre trazendo novidades e novos sonhos. Lembro das risadas deliciosamente escandalosas da Olga, da seriedade do Carlos Wovst, da malicia do Juliano, da empáfia do Rubens, da beleza e delicadeza do Fernando Manholler, da energia do Kung-Foo, da presteza do Jorge Nishimura, e de muitos outros que lá passavam, mas foi basicamente esta turma que numa bela tarde discutiam que nome nossa cia deveria ter. Eu não sei quem deu essa idéia, mas lembro-me bem de que alguém falou “o símbolo do teatro são as mascaras, mas eu quero botar minha cara, ser visto, me expor...”, foi ai que uns dos nossos deve ter dado a conclusão “Nada de se esconder. Somos `Sem Máscaras´, A Cia dos que são Sem Máscaras. A Cia dos Sem Máscaras. Cia Sem Máscaras.” Não sei que dia era isso, que clima fazia, o que estávamos fazendo, mas lembro que era um tempo antes de nos tornarmos o que somos hoje, era um tempo de amor.
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