quinta-feira, 12 de junho de 2008

HISTÓRIA, 1993 - Dizer Sim, pra sempre poder Dizer Algo

Em 93, o diretor teatral Santos Chagas procurou a Cia, e mostrou o texto Dizer Sim, da argentina Griselda Gambaro, era um grito de socorro preso e não gritado. Um texto difícil e apaixonante. Santos era naquele momento um idolo de quem fazia teatro por aqui, respeitadissimo e todos almejavam trabalhar com ele. Então, aceitamos produzir e atuar na peça. O texto contava a história de um cliente super inseguro (vivia na Argentina em tempos de ditadura) que entrava numa barbearia e encontrava um barbeiro muito misterioso e suspeito, o ato de deixar ou não ele fazer o serviço com a navalha é o mote incrivelmente aterrorizador que permeava a peça. Estreiamos e logo toda a critica fora conquistada. Muitos dos intelectuais da época classificavam esta como uma das melhores peças que eles haviam visto. No elenco Valter vanir Coelho e Edson Gory Logo os atores foram para S.Paulo, e Santos Chagas para Minas, interrompendo a carreira deste espetáculo tão marcante para a história da Cia, na verdade, na prática, o primeiro espetáculo da Cia Sem Máscaras de Teatro.

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