Este é um blog dedicado a Cia Sem Máscaras de Teatro, uma das mais conhecidas cias de teatro de Rua e Eventos com atores do Brasil!!!
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
O Processo de “A Senhora dos Sonhos de Cordel”
Celso Silva, Rodolpho Pinotti e Jhone Sccarpante, em A Senhora dos Sonhos de Cordel
Nesse momento começa uma nova fase da vida da Cia Sem Mascaras. O clássico palco italiano passa a ser substituído pela democrática rua. O sonho do teatro mambembe permeava as primeiras conversas e ensaios.
Para isso se reuniram o Capuletto, Celson Silva, que fazia o pai da Julieta, Jhone e Pinotti que completavam o elenco, com a direção também de Valter Vanir Coelho.
Foi um ensaio muito tranqüilo, solto e divertido. No início não tínhamos um texto definido, estávamos em processo. Fazíamos entre outras coisas, aulas de capoeira com o Celso, que foi batizado na época de Mestre Galinha, ainda não havia um título então nos referíamos ao ensaio como a peça da Galinha. Celso tornava os ensaios uma divertida experiência. Ele era um palhaço por natureza.
O diretor Valter trazia sua experiência para nortear o trabalho. Falávamos do Teatro do Oprimido e Augusto Boal e esse caminho nos levou curiosamente à literatura de Cordel e à pesquisa do clown.
Nos deparamos com alguns dos monstros da literatura de Cordel. Sendo Rodolfo Cavalcanti e Ariano Suassuna que pela maneira simples e divertida de escrever conquistou o grupo.
Iniciamos os ensaios com três textos, mas acabamos trabalhando com dois: um de Ariano Suassuna - O Castigo da Soberba e outro de Rodolfo Cavalcanti - A Filha que Bateu na Mãe e Virou Cachorra ambos adaptados por Valter.
O fio condutor do espetáculo que é a historia de dois palhaços que foram para São Paulo "tentar a vida" e perdem a Alegria nasceu de improviso que eram encenados para alguns integrantes da Cia ou para eventuais visitas como o X (cara do Rio) que assistiu um dos últimos ensaios gerais.
As poucas referências nesse novo formato possibilitaram o desenvolvimento de uma linguagem própria, intuitiva, vinda da vontade amadora (no sentido de amor pela arte) de fazer teatro.
Lembranças e Texto de Rodolpho Pinotti, ator
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