O período não era muito tranquilo, acho que conturbado pra todos, para o mundo e para os integrantes da cia, foi ai que surgiu a idéia de falar sobre o mal, sobre o fim, sobre as sombras do ser humano, e sobre o obscuro universo dos assassinos em série. Juntados textos profundos e curtos como os de António Fagundes (XXXXX), Carlos Queiroz Telles (A Ultima Instância) e Salve-Rainha (Valter Vanir Coelho) que falavam de crimes, alinhavados depois sendo o mesmo criminoso em todos os textos, nasceu Killer, Ensaio sobre a Crueldade. Muito choro, ranger de dentes, espíritos zombeteiros e magia negra rechearam este drama pesadissimo e cheio de atores que foram ao fundo de suas obscuridades para construir personagens infelizes, densos, cúmplices e de alma vingativa. Uma parceria da Cia Sem Mascaras de Teatro com a Troupe do Autor, com interpretações memoráveis de Edson Gory (como um travesti de rua), Caren Ruaro (como uma delinquente juvenil com ódio inexplicável) Rosely Pereira (Uma viúva em busca de vingança) e Sarah Caldas (como uma freira violentada), alem deles Wallace Puosso, Zé Maria Nunes, Angelica de Cassia, Roseanne Cerqueira, Jorge Nishimura, Iannir Santana completavam o elenco.
A peça contava a historia de um policial que colecionava crimes, e incentivava as pessoas com ódios a ser cúmplices e até mandantes de seus atos, ele obcediado pelo espírito de uma antiga paixão.
Essa foi nossa ultima peca infeliz, nela deixamos e purgamos todas as mazelas artísticas e partimos para dividir felicidades.
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