quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Cia Sem Máscaras produz Marcada a Ferro Quente de Valter Vanir Coelho

A Cia Sem Máscaras de Teatro Ltda produziu este mês o filme de curta-metragem Marcada a Ferro Quente, direção de Valter Vanir Coelho



Marcada a Ferro Quente
de Valter Vanir Coelho
 Sinopse: Uma mulher tenta desesperadamente apagar
uma tatuagem de seu ex. E assim vem a toa toda a angustia de um amor que acabou. 
Com Diná Pereira e Rodolfo Mariano

Veja em: https://www.youtube.com/watch?v=iRfWCPE9kZ8

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Necessidades Técnicas de "Sonho Que Se Sonha Só"


NECESSIDADES TÉCNICAS “Sonho que Se Sonha Só”

Em rua:

Palco ou Espaço Cênico: 8 mt x 8 mt

Em rua: Ponto de luz 220 wt

                                                        Aparelho de Som com entrada USB

Em palco:

Palco de mínimo 8mts de boca.

Luz: Geral, sendo: 8 spots de 500 w

Som: Aparelho com entrada USB

Sinopse de "Sonho que Se Sonha Só"

O espetáculo apresentado neste projeto, o sétimo (7º) montado pelo grupo, trata-se de uma farsa escrita na Década de 30, por autor desconhecido, e que já foi montada e encenada por diversos circos em todo o Brasil. O enredo narra as aventuras e desventuras de um solitário andarilho que conta a história de  como Deus criou o mundo pra se livrar da Solidão. Em busca de compania, Deus “testa” a humanidade e perfila as variáveis personalidades humanas, seus defeitos e qualidades.

Na adaptação da Companhia Sem Máscaras a ênfase recai na criatividade empregada  pelas figuras  criadas por Deus (Adão, Eva, Cobra, Noé)  para tentar convence-Lo a criar cada vez mais alguma coisa, mostrando a eterna ambição e insatisfação do Homem. Aqui, nos deparamos com as mais variadas   estratégias: desde o jogo de malabares com frutas e artigos da natureza, passando pelo “psicologismo barato”, além das chantagens emocionais e o contestamento moral.     
Longe de ser um espetáculo panfletário, objetiva fornecer uma opinião formada para o público, Sonho que Se Sonha Só, valendo-se de uma linguagem leve e ágil, propõe-se a suscitar questionamentos sobre um problema que afeta tantos brasileiros: a Solidão, e os meios que nossa população encontra para superá-la.

Objetivos de "O Sonho que Se Sonha Só"

Objetivo Geral:

Apresentar, de forma gratuita o espetáculo Sonho que Se Sonha Só em praças de oito municípios da Região do Vale do Paraiba no estado de São Paulo, a saber: São José dos Campos (lançamento do Projeto), Paraibuna, Jambeiro, São Luis do Paraitinga, Cunha, Roseira, Cachoeira Paulista e Cruzeiro, municípios esses localizados fora da chamada região metropolitana e populosa do Vale do Paraiba e que não possuem leis de incentivo para a produção e/ou circulação cultural, totalizando Dezesseis  apresentações (duas em cada município).

Objetivos Específicos: 
  • Propor uma nova relação entre a população e o espaço público, no caso, as praças municipais.
  • Estreitar os laços entre os grupos/ indivíduos, que se dedicam à produção artístico-cultural, residentes na região central do Vale do Paraiba e aqueles residentes nos demais municípios da Região.
  • Levar arte/cultura aliada a entretenimento para a população de municípios da Região que, normalmente, encontram-se fora do roteiro de circulação de espetáculos cênicos nacionais e, mesmo, estadual. 
  • Levar arte/cultura aliada a entretenimento, de forma gratuita, para os setores da população dos municípios a serem visitados e que se encontram numa situação sócio-econômica menos favorecida.
  • Estimular, na população dos municípios a serem visitados, o gosto pelas artes cênicas, assim como a criação de grupos destinados à pesquisa e produção nesse campo artístico.

Justificativa do Projeto "Sonho que Se Sonha Só"

Pela Experiente Companhia:
 
A Companhia Sem Máscaras de Teatro de Rua é um grupo que se destaca no cenário das artes cênicas do estado de São Paulo em função de sua longevidade; existindo desde 2003, estabilidade; possuindo uma sede própria na cidade de São José dos Campos, Capital do Vale do Paraiba, Estado de São Paulo, e constância; com freqüentes apresentações dos espetáculos anteriores que possuiu em cartaz: “A Senhora dos Sonhos de Cordel”, de Ariano Suassuna, “Sopa de Pedra” de Tatiana Belinsky, “Milkshakespeare” de Valter Vanir Coelho, “Velha Infancia” do Grupo Meninos de Araçuai, “Do Alto do Seu Encanto” de Valter Vanir Coelho e “Lulu Minada” de Griselda Santaolla. Além das oficinas que oferece em sua sede.
 
Pelo Efeito Multiplicativo

No presente projeto, ela trás a longa experiência acumulada nas apresentações em espaços cênicos abertos para propor uma ressignificação da utilização das praças públicas. Essas, nos últimos anos, têm se tornado um espaço apenas de passagem para a maior parte dos cidadãos. A Companhia Sem Máscarasentende que as apresentações teatrais e artísticas de uma forma geral, nas praças públicas, criam um ambiente atraente para os diversos indivíduos, representantes das mais variadas classes sociais, que, no momento da apresentação, unem-se num único coletivo, desfrutando de sentimentos semelhantes de deleite estético, emocional e intelectual. A partir da semente plantada pelo espetáculo, são múltiplas as possibilidades de ressignificação da praça, entre as quais: espaço para a reflexão e troca de idéias, espaço de reunião da família/ amigos em busca de descanso e/ou lazer, espaço de encontro e comunhão dos diversos grupos sociais.
 

E Abrangência Social:

Um outro ponto importante a ser destacado neste projeto é a escolha, para a apresentação dos espetáculos, de municípios que não contam com leis de incentivo local para a produção/ circulação cultural. Nos últimos anos, na Região do Vale do Paraiba, no Estado de S.Paulo, essas leis têm sido as grandes responsáveis por fomentar o desenvolvimento artístico/cultural nos municípios que a adotam (São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Caçapava, Pindamonhangaba, etc). Essas leis, de uma forma geral e de maneira não explícita, acabam solicitando que o produto cultural delas resultante fique nos municípios de origem, inviabilizando a sua circulação por outras cidades da região.
Não bastasse o fato de não possuírem leis de incentivo cultural, os municípios escolhidos; Paraibuna, Jambeiro, São Luis do Paraitinga, Cunha, Roseira, Cachoeira Paulista e Cruzeiro, também estão fora da chamada região populosa e desenvolvida do vale do Paraiba (que engloba os municípios de São José, Taubaté, Jacareí, etc) o que acaba por excluí-los da rota de circulação nacional de shows/ espetáculos que visitam essa região.

Ficha Técnica do Sonho Que Se Sonha Só

Ficha Técnica:

 Sonho que Se Sonha Só
Drama Circense, Texto de autor desconhecido

Direção e adaptação:
Valter Vanir Coelho

 Elenco:
Deus– Valter Vanir Coelho
Músico – Tuca

Cenário e Figurinos:
Griselda Santaolla
 
Maquiagem:
Marli Abdul
 
Contra-regra:
Vitor Prado

Preparação Vocal:
Nice Albano

Projeto Gráfico:
José Gomes

Produção Executiva
Valter Vanir Coelho
 
Fotos Divulgação:
Zé Rino

Histórico da Cia Sem Máscaras


A CIA SEM MÁSCARAS DE TEATRO
Colecionou mais de 50 prêmios e indicações ao longo dos seus 16 anos  de existência, com espetáculos que pudessem representar pelo Brasil, mais do que apenas diversão, mas que recobrasse a idéia original de se levar entretenimento prezando acima de tudo a qualidade e a difusão cultural.

Cronologia

Cia apaixonada por público, 6 prêmios no Festival de Guaçuí,(abaixo) e mais de 30 prêmios em Festivais de teatro.      

1992 - “Édipo Rei”
1993 - “Dizer Sim”
1995 – “As Angustias de D.Juan”
1997 – “Lili Schollen”
1997 – “Os sapatinhos da Princesa”
1999 – “Killer, ensaio sobre a Crueldade”
1999 – “O Rádio Encantado”
1999 – “Francisco de Assis em Libras”
2000 – “Romeu & Julieta em Libras”
2002– “A Senhora dos Sonhos de Cordel”
2003 – “Commédia Dell’Arte Ensina a Preparar a Sopa de Pedra”
2004 – “Milkshakespeare”
2007–  “Velha Infância”
2009 – Do Alto do Seu Encanto
2010 – A História das Coisas
2011 – Chuva Braba

Prêmios e Indicações da Cia Sem Máscaras (mais recente)

RESUMO:

·        7 Premios com o Espetáculo Do Alto do Seu Encanto, em Festivais de todo pais.
·        Citada em vários textos da USP/EAD/ECA por Maricy Salomão como exemplo de trabalho em Teatro de Rua em suas aulas, em 2006 e 2007.
·        Citada no Congresso ArtCulture France-Brasil como modelo de Projeto de Ação Cultural como Cia de Teatro de Rua, em 2007
·        Em 2007 desenvolvendo o Projeto Praças Teatrais 3, com cunho social, por decisão não participou de festivais.
·        Selecionado como uma das melhores cias de rua Mostra Rio-SP Paraty 2006
·        Selecionado Festival não competitivo do Vale do Jequitinhonha – Araçuaí, 2006.
·        Selecionado como uma das 10 melhores cias de rua para reportagem do Programa Metropolis.
·        6 prêmios no Festival de Guaçuí (Espírito Santo) sendo Melhor Texto (Milkshakespeare, de Valter Vanir Coelho), Melhor Direção (Valter Vanir Coelho), Melhor atriz (Gecilia Jansen), Júri Popular e Figurinos.
·        2º Melhor Espetáculo no Festival de Jales 2005
·        Melhor ator Festival de Jales (Leonardo Andrade por Sopa de Pedra)
·        2º Melhor Espetáculo no Festival de Ponta Grossa
·        Recorde de Público no Festival de Curitiba 2004
·        Selecionado para abertura do Projeto Teatro Vanguarda 2004 (Projeto da TV Vanguarda – TV Globo);
·        6 prêmios (melhor espetáculo, diretor, pesquisa, texto, atriz e figurino) no Festival de  Guaçuí – ES;
·        Selecionado entre os 7 (sete) melhores espetáculos do eixo Rio-São Paulo na Mostra de Paraty- RJ 2004;
·        Melhor figurino do Festival de Caraguatatuba;
·        Selecionado para o o maior festival de teatro do Brasil, Festival de Teatro de Curitiba 2004;
·        6 Indicação para o Prêmio Jorge Amado de Literatura e Teatro 2004,  Melhor Peça de Juri Popular, Melhor Direção, Melhor Texto, Melhor Ator (Jhone Sccarpante e Rodolpho Pinotti), Melhor Pesquisa, Melhor espetáculo de rua;
·        Selecionado para LIF-SJC no Projeto “Praças Teatrais”;
·        2º Melhor Espetáculo do Festival de Sorocaba 2003;
·        Melhor Ator (Jhone Sccarpante) no Fest. De Sorocaba 2003;
·        Melhor Cenário no Festival de Sorocaba 2003;
·        Selecionado para o maior festival de teatro do Brasil, Festival de Curitiba 2003;
·        Destaque do Festival de Curitiba 2003 segundo imprensa local e Folha de SP;
·        4 Indicação para o Prêmio Jorge Amado de Literatura e Teatro 2003,  Melhor Peça de Juri Popular, Melhor Direção, Melhor Texto e Ator Revelação (leonardo Andrade);
·        Selecionado para Festival de Brasilia 2003;
·        Selecionado entre os 7 (sete) Melhores Espetáculos Populares dos Estados do Rio e São Paulo na Mostra São Paulo-Rio de Teatro Popular de Paraty- RJ 2002 entre profissionais e amadores;
·        Selecionado como o Melhor Espetáculo Juvenil do Vale do Paraíba no Prêmio Especial de Teatro Juvenil Coca-Cola/Panamco 2002;
·        2º Melhor Espetáculo no Festival de Cruzeiro-SP 2002;
·        Melhor Sonoplastia no Festival de Cruzeiro-SP 2002;
·        5 (cinco) Indicações no Festival de Cruzeiro 2002, sendo, Melhor Figurino, Melhor Cenografia, Melhor Sonoplastia, Melhor Ator (Jhone Sccarpante) e Melhor Direção;
·        3º Melhor Espetáculo no Festival de Lorena-SP 2002;
·        2 (duas) indicações no Fest. de Lorena 2002, sendo, Melhor Figurino e Melhor Direção;
·        Selecionado para o Festival de Teatro de Blumenau-SC 2002;
·        Melhor Espetáculo na Lic Ericsson Projeto Apoio à Comunidade 2001;
·        Em cartaz no Teatro Plinio Marcos, São Paulo;

Curriculun do Diretor e Produtor Valter Vanir Coelho

CURRICULO PROFISSIONAL do DIRETOR:

Valter Vanir Coelho

RG 24.387.062-0
DRT 12.013

 Formação:
Comunicação e Arte pela ECA da Universidade de S.Paulo.
Especialização em Cinema.
Especialização em Direção de Elenco na Universidade de Havana, Escola Nacional, de Cuba.

CURSOS E WORKSHOPS
1986- Curso Livre de Teatro c/ Alexandre Matte, Eudósia, Stella Weiss, Reynaldo Puebla.
1992- Curso de Dramaturgia com Chico de Assis
1995 - WorkShop de Direção Teatral com Adhemar Guerra
1997 - WorkShop de Produção de Teatro e Cinema com Assumpção Hernandez
1997 - Curso de Produção de Teatro e Cinema com Goran Bregovic
1998 - Curso de Produção Geral com Elza Corsi
1998 – Curso de Direção teatral com Grupo Galpão em BH
2000 – Curso Intensivo de Artes Cênicas no Teatro Brincante com Antonio Nobrega
2003 – Curso de Especialização em Teatro de Rua na Unicamp, como convidado
2003 – Workshops com Marcos Guerra (Commédia Dell’Arte)
2003 – Workshop com Tiche Vianna (Máscara Corporal)
2003 – Formado em Teoria Teatral pelo Instituto SEMDA – (coord. Por Chico de Assis, Luis Alberto de   Abreu e Analy Alvarez)

 PRINCIPAIS TRABALHOS COMO ATOR:
1987 – Cercados , de Reynaldo Puebla e Stella Weiss
1988 – Afinal, uma mulher de negócio de W. Fassbinder Dir. de Carlinhos de Jesus
1990 – Dizer Sim, de Griselda Gambaro, dir. de Santos Chagas.
1992 – Uma Lição Longe Demais, de Zeno Wilde
1994 – Pasolini, a Segunda Morte, de Zeno Wilde
1996 - “Curta História sobre Filmes Curtos” Documentário em Video S-VHS de 15”
1996- Vulgar, de Zoran Obradovic, curta metragem em 16mm
2001 – A Senhora dos Sonhos de Cordel, direção própria
2003 – Amores Subterranios, Longa metragem de Paulo Thiago
2004 – O Casamento de Romeu e Julieta, Longa Metragem de Bruno Barreto
2004 – Olga, Longa metragem de Jayme Monjardim
2005 – Milkshakespeare
2007 – História das Coisas
2009 – El Cucuruccu, de Pia Battisti (Argentina)
2010 – O Judeu, protagonista, curta de Breno Slveira
2011 - Chuva Braba, direção de Rosi Campos
2012 - Sonho que Se Sonha Só, direção própria.

OUTROS TRABALHOS COMO DIRETOR DE VIDEO:

1998 - “Dois Coelhos”, diretor e produtor,(S-VHS, 1 min.) Prêmio Guarnicê do Maranhão de Melhor Vídeo, Minuto da Bahia de Melhor Vídeo, S.José em um Minuto de S.J.C.-SP

 COMO DIRETOR TEATRAL:
 
1996 – As Angustias de D.Juan, de Menotti Del Picchia
1997 – Lili Schollen, de Bia Carolina
1998 – Killer, Ensaio sobre a Crueldade, de Carlos Queiroz Telles e Antonio Fagundes
1999 – Pra lá de Bagdah, de Edson Gory
2000 – Romeu e Julieta em Libras, de Willian Shakespeare
2001 – A Senhora dos Sonhos de Cordel, de Ariano Suassuna e Rodolpho Cavalcanti, com 5 prêmios de Melhor Diretor em Festivais de Teatro do País, num total de 22 prêmios em Festivais.
2003 – Commédia Dell’Arte Ensina a Preparar a Sopa de Pedra, de Tatiana Belinky , com 2 prêmios de Melhor Diretor em Festivais de Teatro do País, num total de 8 prêmios em Festivais.
2004- Milkshakespeare, com 5 prêmios de Melhor Diretor em Festivais de Teatro do País, num total de 27 prêmios em Festivais.
2007- Velha Infancia, ficando por 6 meses em cartaz em SP
2009 – Do Alto do Seu Encanto
2011- Lulu Minada

 PRINCIPAIS TRABALHOS COMO PRODUTOR:

2001 – A Senhora dos Sonhos de Cordel, direção própria
2003 – Amores Subterraneos, Longa metragem de Paulo Thiago
2004 – O Casamento de Romeu e Julieta, Longa Metragem de Bruno Barreto (assistente)
2004 – Olga, Longa metragem de Jayme Monjardim (assistente)
2007 – O Circo dos Tempos, Espetáculo Circense da Cia Le Petit Poa, Porto Alegre-RS
2009 – Circo Show – Espetáculo circense itinerante (31 praças/cidades)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cia Sem Mascaras lança peça com direção de Rosi Campos

A Cia Sem Máscaras anuncia sua próxima montagem, que já está em fase de ensaios, com parceria e produção com o Athos Studio, a Cia em breve estreia "Chuva Braba" texto habitualmente escrito por Valter Vanir Coelho, baseado em A Tempestade, de William Shakespeare, e que vai contar com a direção de Rosi Campos, grande atriz e diretora, que faz parte da história da dramaturgia brasileira, e marcou época com montagens como Ubú, (do Grupo Ornitorrinco) e Você Vai Ver o Que Você Vai Ver (de Gabriel Vilela). A estreia está prevista para Setembro, no Teatro Amado Dito, em Perdizes, na Capital paulista. No elenco o próprio Valter Vanir Coelho, além de Cleo Antunes, Lell Trevisan e Arthur Lemos. Vai ser um encontro bastante interessante e promissor, o texto históricamente ágil e jocoso com a direção inventiva e festiva de Rosi Campos. Rosi acabou de gravar suas últimas cenas em Insensato Coração, como Aidée, mãe de Deborah Secco (Nathalie Lamour) e mergulha fundo na direção desse épico infanto-juvenil cheio de emoções, efeitos visuais e aventuras. Promessa de diversão!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

Jovens atores entrevistam o diretor teatral Valter Vanir Coelho

Valter Vanir Coelho, começou no teatro amador aos 12 anos de idade, depois de inúmeros cursos fundou sua própria Cia teatral, a Cia Sem Máscaras, e com ela dirigiu e atuou. Mas em 2002 ele decidiu por uma paixão incontrolável levar suas peças pra rua, mais de 10 peças depois, 12 prêmios de Melhor Ator e outros 23 de Melhor Diretor, e incontáveis outros prêmios técnicos em Festivais de Teatro, seus espetáculos conquistaram o Premio Panamco/Coca-Cola de Teatro Juvenil, e também o importante Premio Jorge Amado de Dramaturgia. Fora de sua Cia, Vanir atuou em peças de Zeno Wilde, Ademar Guerra, Renato Borghi, etc. Se formou em Cinema e produziu alguns curtas-metragens, foi assistente em outros 7 filmes e atuou em alguns longas como Olga, O Casamento de Romeu e Julieta, protagonizou o filme O Judeu (2009), de Breno Silveira, que está sendo finalizado. Valter é um homem das artes, e também se dedica a multiplicar seus conhecimentos oferecendo Oficinas de Teatro e de Cinema desde 2000 em diversas cidades e instituições de Cultura. Abaixo, os jovens atores Vinicius Dias e Bruno Carvalho (da Cia Tripoloucos de Teatro) entrevistam esse ícone do teatro de grupo, tentando arrancar dele algumas curvas do fazer teatral, já que esses meninos estão no frescor da confecção de um novo espetáculo:

1° Quais são as suas expectativas para as apresentações em Porto Alegre?
As melhores possíveis, tenho um relação muito carinhosa com Poa, lá nossas peças sempre foram muito bem, e podemos dizer que temos uma galera que acompanha nosso trabalho, uma espécie de “fã-clube”, hahahha. Fóra que Porto sempre foi um pólo de teatro de rua, estou ansioso (mesmo que Lulu não seja propriamente de rua) estou ansioso pra saber o que minha “antiga turma” achará dessa minha nova empreitada.

2° Por que o titulo da peça? Do que ela trata?
Lulu Minada fala da situação das crianças em Angola. Crianças que convivem com minas terrestres (uma enormidade delas são mutiladas), que vivem em campos de refugiados, esgotos, seca, miséria. Um lugar onde o abuso infantil ainda não é classificado como crime. Lulu Minada conta a história de uma menina que acha que se transformando em sua boneca sua vida será mais feliz. Típico argumento de peça infantil, mas tocamos em assuntos muito pesados, proibidos mesmo para “criancinhas”, essa menina já foi abusada, vive num acampamento, no meio de uma guerra civil. E ainda convive com a falta de luz. Por isso a brincadeira com o título: Lulu Minada (falando rápido parece iluminada, e minada vem de mina, mina terrestre.)

3° O cenário da peça é um show a parte, como surgiu a idéia?
Eu assisti uma entrevista que uma menina angolana dizia que numa visita a Africa do Sul, a coisa que mais ela tinha gostado era a quantidade de lâmpadas, luz elétrica. Daí nasceu esse premiadíssimo cenário do artista plástico Tuca Coelho.

4º Como foi o processo de montagem da peça?
 Eu definí que o resultado dessa peça seria outro se também ousasse na escolha da atriz, queria alguém que tivesse apenas o referencial do teatro infantil. Foi aí que escolhi a Dorinha Santana, ela trabalha a anos como palhaça, o jogo entre adulto e infantil estava sendo levado as ultimas conseqüências. Apesar das dificuldades normais de uma direção, achamos logo de cara o tom correto, a jocosidade necessária, o blefe infantil. O processo foi tranqüilo, apesar de tocar em assuntos tão duros. O mais cortante foi mesmo a pesquisa, assistir depoimentos e reportagem de crianças tão maltratadas pela vida foi a pior parte, mas não dava pra fugir disso, gosto da pesquisa, ela salva as peças da mediocridade.

5° Fale um pouco sobre seu começo na carreira. O que foi mais difícil?
 Não teve nada difícil para começar. Foi natural, eu era coroinha (risos), um belo dia ouvi no rádio que teria um curso de teatro gratuito com profissionais, fui e não pude me inscrever, insisti e me deixaram fazer um teste (acho que com a intenção de dispensar aquela criança), acho que fui bem no teste, porque mesmo sendo idade mínima 16, eu com 12 fui aceito. Aí deixei o altar e fui pra outro palco. Nunca mais parei. Isso como ator. Mas teve outros inícios: Como diretor, como produtor, como crítico, como artista de rua, como circense, como tantas coisas. Acho que o que me faz sobreviver é estar tantas vezes com o frio abdominal dos inícios, dos desafios.

6° Como foi participar de tantos festivais? Até os internacionais?
Festivais são montanhas russas. A gente fica na expectativa quando inscreve, faz festa quando passa, morre de medo quando se apresenta, se irrita com os jurados (risos), torce para ser premiado e fala aos quatro cantos que ganhar prêmio não importa, pura mentira. Mentira necessária. Há muitos grupos e artistas que se negam aos festivais, porque sabem dessa via crucis de sentimentos. Eu sempre gostei, talvez por isso somos tão arroz de festa. Hoje somos mais convidados para abrir ou fechar festivais, que também tem seu charme. Já os internacionais nos enchem de orgulho, saber que um texto, uma peça que você começou tão artesanal, de uma leiturinha despretensiosa, acaba agradando e despertando interesse em pessoas com culturas tão diferentes, nossa... E trocar figurinhas e fazer amigos é a melhor parte nessa vida de festivais. É festa.

7° A participação em festivais facilita o crescimento da cias, quais suas dicas para as cias conseguirem participar desses festivais?
Posso dizer que a Cia Sem Máscaras basicamente fez seu nome em festivais, sim ajuda muito. Porque vc tem a oportunidade de trocar experiências, festival é uma vitrine qualitativa, pena que os festivais agora sigam uma mesma linha de escolha, até pelo uso de curadoria, que limitam a um único gosto, as vezes de um ou dois críticos, tenho saudades daqueles festivais com imensa diversidade, com vários estilos, e sem tema, não esses limitados e as vezes até chatos. Festival tem de aguçar o que é artístico, gerar muita discussão, mostrar caminhos e não mostrar também. Dicas? Não sou bom de dicas. Acho que tudo parte do começo, um bom texto. Só existe bons espetáculos partindo de um bom texto. Eu se posso dar uma dica é caprichar na escolha do texto, se vc parte de um bom texto, tudo acaba ficando como apêndice, um bom texto disfarça até um ator mediano. Mas nem uma Laura Cardoso, uma Bibi, uma Fernandona ou um Jhone Sccarpante (risos), nem esses monstros salvam um texto mediano. Depois da escolha de um excelente texto, aí é só cuidar dos detalhes... Claro que para entrar em festivais boas fotos, uma boa filmagem e um bom material ilustrativo ajudam, até pq tem muitos festivais que assistem seus primeiros 15 minutos do DVD e apenas folheiam seus materiais.

8° Quais suas atividades atuais na Cia Sem Mascaras? Qual seu papel como lider?
Estou iniciando um projeto de formar novos diretores, principalmente especializados em teatro de rua, que tem outra vibe, outra pegada diante do de palco. Estou com alguns projetos que me limitam em dirigir tudo da Cia. Hoje péco pela minha paternalidade excessiva de antes. A Cia nesses 13 anos virou uma empresa, com nota, faturamento, administração e tal, então meu trabalho como líder às vezes se parece a um gerente de uma empresa qualquer. No dia a dia me vejo mais entre documentos, darfs e editais do que a textos, figurinos e atuações. Mas é o preço né?

9° Qual seu conselho para novos atores e diretores?
Para um diretor além da escolha do texto é se apegar aos detalhes de uma produção, o acabamento. Não descansar nunca, enquanto cada fiapo do figurino, cada cantinho do cenário e cada fala de cada ator não estiverem perfeitas, ou pelo menos, te dando orgulho. O bom diretor não é o ditador e sim o que sabe o que fala e aí propõe aos seus companheiros. O bom diretor joga junto. Já para os atores aconselho desistir, não fazer, sair disso o mais rápido possível. Faça o possível e o impossível para deixar essa profissão e se não conseguir, mesmo depois de ter tentado tudo, aí beleza, quem sabe você possa um dia ser ator.

10° Pra finalizar, diga como você acredita que o teatro pode influenciar na vida das pessoas?
O teatro tem o poder de ser ouvido né? As pessoas vão ao teatro ainda para ouvirem, verem, sair de lá com algo que possa ser inesquecível. Mesmo uma grande bobagem, quando é vista em cena, ganha uma grandeza, adquire um aspecto de arte, e arte muda coisas né? Muda desde estados de humor até personalidade. Eu já saí de peças totalmente modificado e tenho a imodesta impressão de que já marquei a vida de pessoas, mesmo que elas não saibam exatamente disso. O teatro faz pensar e também faz calar, ainda!

Entrevista especial para o site: Teatro de Grupo www.teatrodegrupo.com.br